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Ciências Contábeis



Membros da Equipe:

Coordenadores

  • Lucas Lúcio Godeiro
  • Kléber Formiga Miranda

Membros

  • Ericson Magno do Nascimento Coringa
  • João Pedro Bezerra David
  • Kewerson Alves Cunha
  • Mikelline Carla Lima Melo
  • Nathan Bezerra Gurgel
  • Pedro Henrique Godeiro Pinheiro

Resumo:

O programa de extensão intitulado: “UFERSA3 – LIGA DE MERCADO FINANCEIRO UFERSA” insere-se numa perspectiva de contemplar o desenvolvimento da educação financeira dos alunos da UFERSA, fortalecendo a entrada e posicionamento destes diante do mercado de trabalho. O programa tem como base o Decreto nº7.397/2010, no qual o governo reconhece a educação financeira como uma forma de inclusão social para o desenvolvimento da população brasileira. Este projeto contempla ensino, pesquisa e extensão na academia. Será desenvolvido/realizado por professores e alunos de cursos de graduação da UFERSA em parceria com empresas ligadas ao mercado financeiro e de capitais. Seu público-alvo são alunos da UFERSA. Trata-se de uma proposta com três objetivos centrais básicos: i) possibilitar que graduandos de Ciências Contábeis, bem como os demais estudantes da UFERSA, participem da execução de projetos e coloquem em ação conhecimentos teóricos estudados; ii) estimular os discentes a estudar finanças; iii) formar discentes capazes de atuar no mercado financeiro e fazer análises de empresas. Palavras-Chave: Educação Financeira, Mercado Financeiro, Planejamento Financeiro, Risco, Investimento.

Justificativa:

O mercado financeiro proporciona muitos subtemas empolgantes e importantes para a sociedade como um todo. Além de ser bastante desafiador e permanecer em constante evolução. Surgindo como campo de estudo no início de 1900, até essa data, sendo considerado como parte dos estudos de Economia (CARVALHO, 2019).Desde então, vêm passando por uma evolução técnica e conceitual, implicando no desenvolvimento das organizações, da complexidade dos negócios e das operações de mercado. A área de finanças, vem ganhando destaque, nos últimos anos, nas empresas em geral, pois passou a ser percebida como parte estratégica da geração de receitas e da busca por resultados, nesse sentido, englobando áreas da ciência, como Ciências Contábeis, Ciências econômicas, Administração, Engenharia de Produção. E áreas no âmbito profissional, como contabilidade, auditoria, controladoria, tesouraria, e gestão financeira (COSTA, 2014). Portanto, fica perceptível que uma vantagem dessa área é a variedade de caminhos possíveis que um profissional pode traçar em sua carreira. O mercado de capitais, por exemplo, é um dos campos que tem sido muito procurado por jovens profissionais no Brasil, atraídos pela perspectiva de boa remuneração variável (CHEROBINO, 2012). Obter esse conhecimento financeiro durante a vida acadêmica é útil a todos os profissionais que se especializaram em áreas que tem o seu foco em finanças. Mas, esse conhecimento não fica restrito apenas a profissionais do setor financeiro, os executivos não financeiros devem, mesmo que não trabalhando diretamente com finanças, saber o suficiente dessa área para trabalhar com suas implicações, que ocorrem corriqueiramente dentro de todos os tipos de empresas, não importando a sua especialidade. Deixando assim, ainda mais evidente a necessidade de adquirir este conhecimento antes de ingressar no mercado de trabalho. (WESTON; BRIGHAN, 2004). Diante dos fatos apresentados, pode-se afirmar que uma estrutura curricular bem-definida fornece aos futuros bacharéis visão sistêmica do ambiente empresarial, o que relaciona os conteúdos da área financeira com os conteúdos das demais áreas de negócios, desse modo, contribuindo com sua formação profissional. Podendo tornar-se um grande diferencial no desenvolvimento e rendimento dos alunos de todos os cursos, desde que os mesmos estejam interessados pelo assunto e desejem buscar esse conhecimento. Em seu trabalho, Brounen, Jong eKoedijk (2004) pesquisaram o nível de utilização de conceitos teóricos na prática, por 313 executivos financeiros do Reino Unido, Alemanha, Holanda e França. Entre suas conclusões, identificaram que existem diferenças relevantes entre pequenas e grandes empresas na utilização dos conceitos de administração financeira. Segundo Graham (2011), existe uma considerável sobreposição entre as competências e os conceitos fundamentais que um profissional de finanças utiliza no trabalho e os conceitos ensinados em sala de aula. Ao mostrar a realidade profissional, é mais fácil motivar e mostrar ao aluno a importância do assunto para sua carreira futura. Nesse sentido, é importante o papel dos docentes no desenvolvimento e na melhoria das estruturas conceituais que ajudam a prática financeira, de modo a diminuir a distância entre a teoria e a prática.

Fundamentação Teórica:

Os estudos sobre mercado financeiro começaram por volta do início do século xx, com o desenvolvimento dos mercados nacionais dos Estados Unidos da America. Segundo Solomon (1966), em sua forma original, as finanças corporativas eram essencialmente um ramo especial da economia. Seu objetivo era explicar descrever o complexo desenvolvimento das instituições e as práticas por meio das quais as empresas captam recursos no mercado de capitais. Em 1950, a American Finance Association (AFA) conduziu um debate com professores da área financeira, com vasta experiência no ensino de graduação, para discutir alguns temas, entre eles, quais deveriam ser os objetivos de um curso de Finanças. O resultado desse debate foi publicado, em quatro partes, na edição de setembro de 1950 do The Journal of Finance. Como síntese do debate, Upton(1950) afirma que dois objetivos foram fortemente realçados: o da formação profissional, descrito como preparação para a vida empresarial, e o ensino geral, como preparação para a vida social. Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma séria insatisfação no tocante à estrutura e ênfase do conteúdo tradicional. A necessidade da mudança de ênfase e conteúdo após esse período pode ser atribuída a um declínio na importância do financiamento de longo prazo em relação ao financiamento de curto prazo e da gestão de capital de giro (SOLOMOM, 1966). Essa insatisfação levou ao desenvolvimento de um conjunto significativo de materiais que lidam com a análise e gestão de ativos e passivos circulantes, levando à divisão do curso básico em duas partes iguais: uma, cobrindo os aspectos relacionados ao capital de giro, e outra, relativa ao conteúdo mais tradicional de financiamento externo de longo prazo. A quantidade e a qualidade da informação disponível na época, também, contribuíram para as mudanças no ensino das Finanças. A evolução no ensino se tornou possível por causa das enormes melhorias nas fontes de informação, como a melhoria nos relatórios corporativos, mais informações sobre mercado de capitais, a comunicação de dados de agências governamentais e, finalmente, um desenvolvimento substancial de princípios contábeis que dão credibilidade confiabilidade aos relatórios financeiros (WALKER, 1966). A área de Finanças é ampla e seu ensino contempla diversos conteúdos, que abordam grandes temas como mercado financeiro e finanças corporativas. Os estudos direcionados ao tema de investimentos, por exemplo, ganharam destaque a partir da década de 1960. Isso aconteceu, segundo Wendt (1966), devido ao elevado número de investidores no mercado de ações e à necessidade de qualificação dos profissionais que atuam nessa área. O ensino dos diversos conteúdos relacionados a esse tema foi objeto de publicação, como oferta de fundos, negócios financeiros e mercado decapitais (WENDT, 1966); preço de uma ação e sua representatividade no valor presente do fluxo futuro de dividendos e seleção de portfólios como principal técnica utilizada na gestão de riscos (SHELTON, 1966);aplicação adequada do modelo de desconto de dividendos de crescimento constante (PAYNE; FINCH, 1999); e ineficiência de investimentos, decorrente de conflitos de agência (PINDADO, 2003). Um tema que vem ganhando grande relevância na literatura financeira é a governança corporativa. No entanto Mallin, Pindado eTorre (2005) afirmam que, com algumas poucas exceções, o tema está incorporado nos currículos de graduação em Educação e que nenhum deles vai mais além em suas implicações para as finanças corporativas. Nesse trabalho, os autores analisaram as características fundamentais da governança corporativa (sistema jurídico, mercados de capital e estrutura de propriedade) e seus efeitos no ensino de Finanças. No Brasil, em 2010,voltamos a ter uma taxa Selic de quase 15% ao ano. Nessa perspectiva, os agentes passaram a aplicar o seu dinheiro em investimentos como a renda fixa e não em projeto de investimento da economia real, deixando assim de correr riscos. Juro alto também funciona como uma tremenda forma de transferência de renda, dos agentes deficitários (pessoas que precisam recorrer ao crédito) aos agentes superavitários (pessoas que conseguem guardar dinheiro). Contudo a realidade mudou, encerramos o ano de 2019 com a SELIC a 4,5% ao ano, frustrando quem ganhava dinheiro fácil com os juros altos, mas alegrando as empresas que precisam de capital para crescer (NETTO, 2019). Portanto, estamos vivendo um momento importantíssimo de transição. Não temos mais o governo sendo o principal protagonista do mercado crédito – que frequentemente era subsidiado e direcionado – e no lugar disso as próprias empresas estão indo a mercado captar recursos. E a taxas ainda melhores do que aquelas de pouco tempo atrás. A primeira grande mudança é que os investidores, de fato, precisarão dar atenção ao seu perfil de investimentos com o novo cenário de taxas de juros reduzidas. Neste sentido, um dos tipos de investimento que vem crescendo no Brasil é o investimento nas ações e fundos de investimento imobiliários (FIIs) através da bolsa de valores. Por exemplo, uma matéria da reviste exame publicada em outubro mostra que naquele período a B3 atingira 1,5 milhão de investidores pessoa física. Mesmo assim, quando comparado a países desenvolvidos como EUA, onde mais da metade da população investe em ações, esse número não representam 1% da população do Brasil. Desta forma, a partir de agora será necessário avaliar com cuidado o objetivo de investimento bem como seus riscos, pois muitos dos investidores pessoa física entram em um mercado de risco com pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto, apenas muitas vezes seguindo recomendações seja de analistas, amigos, etc. Avaliar as metas, fazer os devidos cálculos e montar tantas carteiras de investimento quanto forem os objetivos do investidor. O caminho que vem sendo construído para o crescimento da economia brasileira é forte e consistente e, soma-se a isso a infinidade de oportunidades num país como o Brasil. Ou seja, o mercado de trabalho necessita constantemente de profissionais dessa área para poder dar o devido suporte, bem como ganhar o seu próprio dinheiro e fazer a economia fluir. Diante do que foi explanado, pode-se afirmar que é altamente importante expandi o conhecimento dos alunos da UFERSA quanto a este assunto. Além disso, ressalta-se a importância quanto a ampliação de conhecimentos no setor financeiro e a vivência pratica que o projeto irá causar como um todo, agregando a teoria à prática de uma forma enriquecedora, principalmente para o currículo profissional dos alunos envolvidos nas atividades.

Metodologia:

O processo se inicia com o treinamento da equipe inicial, devidamente selecionada por edital (ou similar). O treinamento é conduzido por um parceiro com expertise em mercado de capitais, cujo foco é dotar os alunos de técnicas e conhecimentos práticos para início dos trabalhos voltados a emissão de relatórios, gráficos e informações sobre o mercado financeiro. Após a seleção e treinamento da equipe, o modus operandi do grupo se dará da seguinte maneira: Reuniões periódicas de forma remota, pelo menos dois encontros semanais, cada encontro com duração de 4 horas. Nestes encontros, os analistas ficam responsáveis pelas seguintes atividades: Capacitar os alunos e dar o devido suporte, com cursos adequados; estudar ativos, acompanhar notícias, conversar com a profissionais do mercado; realizar pesquisas direcionadas; realizar coleta de dados sobre determinada empresa, seus concorrentes e a indústria em geral, realizar a tabulação e tratamento dos dados coletados; O analista da UFERSA3 irá criar modelos projetando os resultados e as finanças da empresa no futuro; baseado nas conclusões que ele chegou sobre a mesma em sua análise; e por fim, elaborar relatórios para serem publicados no site da UFERSA; Para dar suporte a esta metodologia, será necessário montar uma estrutura corporativa, dentro do próprio projeto com 3 conselheiros, 1 presidente, 1vice-presidente, 1 diretor financeiro, 1 diretor econômico, 11 analistas setoriais, totalizando 18 pessoas envolvidas no processo. Cada um será responsável pelas seguintes ações: • Conselheiro: responsável por nortear direcionamento estratégico, manter visão global sobre tendência e ponto de alerta. Votar e opinar sobre decisão interna como também promover parcerias e representação institucional junto à presidência; •Presidente: responsável por gerir o portfólio de investimentos, formular e executar estratégias para alcance da visão, promoção das redes e representação institucional, formando e gerenciando parcerias externas junto ao conselho; • vice-presidente: responsável por dar suporte ao CEO monitorar toda operação, liderar processos de T&D de sucessão de membros, acompanhar o portfólio de investimentos; • Diretor Financeiro: Responsável por analisar os tipos de investimentos e ter uma visão analítica das empresas para formulação de estratégia de investimento no médio/longo prazo, liderando o processo de valuation. Gerenciar equipe junto ao Diretor Econômico; • Diretor Econômico: responsável por monitorar cenário macroeconômico e produzir direcionamento com base no cenário para pautar as decisões de investimento. Gerenciamento de equipe junto ao Diretor Financeiro; • Analistas: Responsável por efetuar análises macroeconômicos projetando cenários possíveis e aplicando em ativos atrativos ao setor, como também, efetuar a análise financeira das companhias para formulação da tese de investimento. O Trabalho dos Diretores é dar o crivo em qual empresa será computada no relatório da UFERSA3. Trabalho este que deverá ser apresentado pelos Analistas aos diretores. Seria necessário deixar um “analista” dedicado a divulgar relatório mensal sobre carteira de ações com foco em análise gráfica, acompanhado de perto pelos orientadores, especialistas no mercado financeiro. Com essa linha serão duas escolas trabalhando juntas, apresentando relatório fundamentalista e grafista. Além das duas escolas de análise citadas, a liga introduzirá uma nova escola que vem crescendo nos últimos anos, a escola quantitativa. Nessa nova escola, as decisões são tomadas através de indicadores e índices de sentimento, sejam eles construídos via dados estruturados, como dados contábeis e/ou macroeconômicos, ou dados não estruturados, como notícias financeiras ou dados de redes sociais como o twitter por exemplo. Além do mais ,essa nova escola atua com o trader automatizado, onde são programados robôs de investimento que calculamos índices, tomam uma decisão e executam as ordens na corretora, tudo de forma automática. Para capacitar os alunos, trabalharemos diretamente com empresas que já atuam no mercado financeiro, fazendo parcerias, para que tais empresas enviem responsáveis para transmitir conhecimento, orientar com informações e com a formação de novos alunos no mercado. Deixamos claro que aa parcerias não deveram buscar retorno financeiro sobre o projeto, apenas visionando a disseminação da educação financeira de qualidade entre os alunos. Podendo vir a solicitar apenas, a utilização da mídia da UFERSA (site) e os relatórios emitidos pelos alunos contendo a logo da empresa, como parceira e idealizadora do projeto. Bem como de ter prioridade em eventos realizados pela UFERSA no tocante aos assuntos relacionados a mercado financeiro. O projeto irá cumprir todas as recomendações do plano de biossegurança da Ufersa.

Objetivos Gerais:

Consiste em estudar o mercado financeiro, acompanhar notícias, analisar empresas, analisar setores da indústria, conversar com a profissionais do mercado e fornecer avaliações sobre as ações analisadas. Objetivos específicos (e suas respectivas atividades) 1. Capacitar os alunos e dar o devido suporte; • Treinamento dos alunos (Membros: Professores e alunos da UFERSA). 2. Estudar ativos, acompanhar notícias, conversar com a profissionais do mercado; 3. Realizar pesquisas direcionadas; • Coleta de dados sobre determinada empresa, seus concorrentes e a indústria em geral (Membros: Professores e alunos da UFERSA); • Tabulação e tratamento dos dados coletados (Membros: Professores e alunos da UFERSA); 4. Realizar a projeção dos dados; e • O analista da UFERSA3 cria modelos projetando os resultados e as finanças da empresa no futuro;(Membros: Professores e alunos da UFERSA); • Baseado nas conclusões que ele chegou sobre a mesma em sua análise (Membros: Professores e alunos da UFERSA); 5. Elaborar relatórios; • Os relatórios deverão ser publicados pelo site da UFERSA (Membros: Professores e alunos da UFERSA).

Resultados Esperados:

Os resultados concentram-se na elaboração periódica de informativos sobre o mercado de capitais e cambial brasileiro, além de produção de artigos científicos oriundos de discussões em grupo. Contribui, dessa forma, para o conhecimento dos discentes sobre o mercado financeiro, aplicando conceitos contábeis inerentes ao mercado. Do ponto de vista da comunidade, avança sobre uma demanda crescente, qual seja, a propensão para investimentos em renda variável. Nessa linha, capacita alunos e atende pessoas com dúvidas sobre conceitos relacionados a renda fixa e variável, necessários à tomada de decisão de investimentos.

21 de junho de 2022. Visualizações: 906. Última modificação: 12/09/2022 08:43:43